Novas regras foram elaboradas pelo Ministério da Agricultura e passarão a valer a partir de 1º de janeiro. As principais alterações estão relacionadas às informações sobre tipos de grão e de torra.
O dono de marca sabe que se você abrir o armário da cozinha de um brasileiro, muito provavelmente irá encontrar uma embalagem de café. Isso porque se trata de uma das bebidas favoritas por aqui. O país é destaque em produção e em consumo.
Dados da Organização Internacional do Café (OIC), mostram que o Brasil é responsável pela produção de ⅓ dos grãos no mundo e da exportação global. Ou seja, o brasileiro é um apreciador nato da bebida que pode ser servida de diversas formas, por exemplo, pingado, coado, com leite, espresso, preto, com chocolate, com creme, gelado ou ainda na forma de coquetel.
O café faz parte da vida dos brasileiros, é motivo de reunião entre amigos, de pausa no trabalho e até de digestivo pós-refeições. Difícil achar quem não se renda a esse ícone da produção agrícola do país e que já foi símbolo de riqueza e domínio econômico e político.
Fique com a gente e saiba o que vai mudar na embalagem de café. Boa leitura!
O café em números
A cultura do café no Brasil é tão forte que dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), apontam que 97% dos lares do país são consumidores da bebida e o seu consumo só é menor do que o de água. Além disso, outra constatação que mostra o protagonismo do café brasileiro é que hoje, 130 países consomem o que é produzido aqui, com destaque para a Alemanha, a Itália e os Estados Unidos.
Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os principais produtores de café no mundo são Brasil, Vietnã e Colômbia. Já os maiores consumidores são os países da União Europeia, Estados Unidos e Brasil. Só o estado de Minas Gerais produz cerca de 50% do café brasileiro. Depois, os líderes do ranking da produção são: Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, e Paraná.
Você sabe como surgiu o café?

A origem exata do plantio do café no mundo é incerta, porém muitos estudiosos remetem ao século IX, nas terras altas da Etiópia. Assim, várias lendas surgiram. A mais famosa delas é que um pastor chamado Kaldi notou que as suas cabras comeram frutos vermelhos e ficaram mais alegres e ativas. Assim, ele levou as frutas a um monge que as infusionou, descobrindo as propriedades do café e popularizando a bebida.
De lá pra cá, muita coisa mudou e o café tem sido uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. Por conta desse consumo, a indústria precisou se adaptar aos gostos, costumes, culturas e preferências de cada região.
Com todo esse avanço, as embalagens de café começaram a se destacar dentro das gôndolas de supermercados, chamando a atenção dos olhares atentos dos consumidores. Informações passaram a ser expostas com mais destaque para que os principais detalhes pudessem ser identificados pelos apreciadores mais exigentes.
Com isso, a indústria de embalagens passou a desenvolver modelos de embalagens para valorizar o produto e despertar o interesse de quem passa pelos corredores, fazendo compras.
Mas nem só de beleza é feita uma embalagem de café. Além de toda tecnologia aplicada, existem informações importantes que são legalmente exigidas pelo Ministério da Agricultura. Estas informações são padronizadas e adaptadas para cada produto.
Para o consumidor, é importante que estas informações estejam visíveis, portanto, existem regras que definem estes padrões. De tempos em tempos, estas regras e informações sofrem alterações e as indústrias precisam ficar atentas para que suas embalagens estejam em conformidade com a legislação vigente.
Para o próximo ano, já estão previstas mudanças nas embalagens de café. Para saber mais sobre estas mudanças, separamos abaixo os principais pontos a serem observados.
O que vai mudar na embalagem de café?
A partir do ano que vem, a embalagem de café irá mudar. Os novos parâmetros foram estabelecidos pela Portaria SDA 570 do Ministério da Agricultura e foram publicadas em maio deste ano no Diário Oficial.
As mudanças ocorreram a partir de um trabalho conjunto entre o Ministério e representantes da indústria. A nova determinação passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2023. As principais alterações têm relação aos tipos de café e de torra que precisam estar explícitos de maneira direta e clara ao consumidor final.
Tipo de café
Em primeiro lugar, a embalagem precisará especificar qual a variedade do grão (Arábica, Robusta ou Conilon, por exemplo) de forma direta e clara.
Grau de torra
O consumidor final também precisa encontrar na embalagem de café, de forma clara e direta, qual o tipo de torra que foi usada nos grãos (clara, média ou escura).
Descafeinados
Em terceiro lugar, temos um novo regramento para os cafés descafeinados poderão conter o teor máximo de 0,1% de cafeína.
Impurezas
Além disso, haverá a tolerância de até 1% na quantidade de matérias estranhas (detritos e impurezas) que poderão estar presentes na embalagem. O Ministério da Agricultura explica que detritos são elementos que não pertencem ao cafeeiro e impurezas pertencem à planta, mas não são próprios para o consumo, como a casca, por exemplo. Não é permitido fazer misturas de café com outros grãos, como milho.
Fiscalização
E por fim, frisamos que a fiscalização ficará a cargo do Ministério da Agricultura que vai fazer a inspeção nas fábricas e nos locais de venda. Nesse sentido, as ações poderão ocorrer por meio de denúncias ou por visitas aos trabalhos de rotina dos produtores e comércios.
Por fim, fique atento aos detalhes das mudanças. Converse com sua equipe de marketing e com seu Convertedor de embalagens para que redobrem a atenção na hora de efetuar a conferência e aprovação das artes.