As oscilações da economia global impactaram os alimentos nos últimos anos. E os donos de marcas precisam estar atentos para não ficar fora da lista de compras do consumidor final ou ser trocado pelo produto do concorrente.
A disparada nos preços dos alimentos despertou a necessidade de se adotar novas estratégias, para chamar a atenção do consumidor final, para o produto que está na prateleira do supermercado. Para entender como chegamos até aqui vamos apresentar alguns dados do cenário geral.
Segundo a análise do FMCG (Cesta de Bens de Consumo Massivo, em português) os supermercados apresentaram um crescimento em produtos de consumo ao longo dos anos. Este aumento foi impulsionado desde 2020 pelo consumo dentro do lar, reflexo das crises de saúde global.
Porém, de acordo com o relatório global Omnichannel da Kantar, o mundo está voltando ao ritmo de consumo do período pré-pandêmico. Além disso, o consumidor está aumentando a diversidade de itens no carrinho de compras. Contudo, a escolha desses produtos levam em consideração o menor custo dos itens.
Em terceiro lugar, temos outra informação que nos ajuda a entender as nuances do mercado vem de uma pesquisa feita pela Nielsen. As informações apontam que a maioria dos produtos que estão sendo substituídos dentro dos carrinhos de compras, estão ligadas às commodities de nicho. Mesmo assim, algumas marcas líderes dos segmentos ainda devem manter sua posição na lembrança do consumidor.
Agora que fizemos essa introdução podemos seguir adiante. Fique com a gente e boa leitura!
PDVs mais atrativos nos supermercados
Com grande parte da população em circulação, o consumo em estabelecimentos físicos tende a normalizar. Dentro desse cenário, muitos comerciantes apostam em pontos de vendas (PDV) mais atrativos, usando o ambiente a seu favor. Ou seja, aquela relação de estratégias de vendas, já conhecida pelos varejistas, voltaram com força total e influenciam nas prateleiras do supermercado, por exemplo:
- Produtos sazonais;
- Compra por impulso;
- Preço psicológico;
- Apostar nas gôndolas perto do caixa;
- Marketing sensorial.
Nesse sentido, é muito importante para o dono de marca entender a lógica de organização da prateleira de um supermercado, para que ao projetar um produto (ou reformular algo já existente) ele considere as mecânicas de exibição do mesmo no ponto de venda.
Com base nessa linha de raciocínio preparamos 4 dicas de ouro para ajudar a destacar seu produto e dar aquele up no PDV do seu cliente.
1 – Organização inteligente e eficiente dos setores
Alguns consumidores, ao entrarem em um estabelecimento, tem a sensação de que sabem exatamente onde todos os produtos estão dispostos. Ou seja, isso é fruto de uma lógica na organização e harmonia na construção de um ecossistema que condiz com o ambiente de consumo.
É importante que a permanência do consumidor final no estabelecimento seja agradável e de fácil circulação. Otimizando o tempo de compra e fazendo o consumidor percorrer diferentes setores.
Por isso que o açougue e a padaria ficam nos fundos dos supermercados, dessa forma, o consumidor passa por diferentes corredores até chegar ao seu destino. Quando isso acontece, ele é impactado por diferentes produtos e promoções que podem gerar algum impulso de compra.
Um dos melhores pontos para anunciar os produtos são as pontas das gôndolas. Isto acontece pelo fato delas destacarem mais os produtos que estão nestes espaços. Esses locais são tão eficazes que é comum alguns fornecedores pagarem um valor extra para expor seus produtos ali.
2 – Uma boa exibição na prateleira do supermercado
Não basta apenas colocar os produtos na prateleira de forma aleatória. É preciso criar uma lógica de entendimento e harmonia. Além da organização dos corredores por segmento de produto, nas prateleiras é imprescindível que produtos similares ocupem espaços próximos, ou complementares. Dessa forma o consumidor final terá uma visão ampla do que ele pode comprar, e comparar produtos ao mesmo tempo.
Um exemplo de lógica para exibição também, é aquela estratégica prateleira perto dos caixas do supermercado. Ficar parado na fila do caixa, pode levar à tentação do consumidor a comprar algum item. Nessas prateleiras costumam ser exibidos todo tipo de produtos com custo complementar, por exemplo, guloseimas, pilhas, lâminas de barbear e latas de refrigerante. Esses produtos estão ali para complementar as vendas do varejista. São produtos de valores relativamente baixos, que despertam um gatilho no consumidor final: “ah, o que é mais 3 reais na minha compra”. Agora imagine essa mecânica aplicada a cada consumidor que passa por ali diariamente.
Por isso, a embalagem do produto precisa dialogar com seu público-alvo. Por exemplo, os produtos para crianças que ficam na altura da visão deste público. Já reparou que os personagens, que ilustram as embalagens, estão olhando para frente? Assim, eles se conectam quando a criança bate o olho no produto. Uma boa pesquisa no desenvolvimento do produto poderá ajudar a criar o melhor layout de produto.
3 – Propaganda e estratégias de divulgação
Não é apenas de logística que vive o PDV. A propaganda ainda é a alma do negócio. E realmente é! Mesmo que um ponto de venda seja atrativo, é preciso divulgar a promoção dos itens. O desconto de um produto pode fazer o tráfego aumentar numa rede varejista. Mas para isso acontecer o cliente final precisa saber que a promoção existe. Por isso o investimento em divulgação impacta diretamente na lucratividade de todos na cadeia comercial.
Mas, a propaganda não se resume apenas a descontos! É importante que os varejistas possuam algum outro atrativo, tais como, brindes, sorteios e outras técnicas promocionais, que desperte o interesse e o engajamento do seu público-alvo.
4 – Embalagens Atrativas
Encantar o consumidor final vai ficando cada vez mais complexo ao longo do tempo, abordagens e conceitos tradicionais já não bastam mais. O consumidor espera ser surpreendido e encantado pela embalagem de um produto. É uma expectativa que vai além da funcionalidade de uma embalagem, que é armazenar e conservar adequadamente um conteúdo.
Nesse mundo altamente conectado o básico que sua embalagem precisa ter é: imediata identificação do produto e as informações detalhadas, respeitando as normativas da Anvisa que estabelece as informações que um rótulo deve conter. Além de oferecer facilidade no transporte e armazenamento.
E por fim, a embalagem deve oferecer um layout que otimize a sua produção junto ao convertedor de embalagens, mas também a sua disposição na prateleira do supermercado para que encante o consumidor final. Ou seja, não é algo fácil de fazer! É preciso muito planejamento. Se um produto não possui esses itens, repense sua produção, pois dificilmente ele será atrativo aos olhos do público.
E por fim, fechamos o artigo frisando que a LinkFlow sempre busca as melhores informações para que você, dono de marca, possa gerar ainda mais lucratividade para a sua empresa. Continue acompanhando nosso blog para mais novidades e conteúdos que irão agregar muito no seu negócio.